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Lei do Motorista: Desdobramentos podem contribuir para o aumento de assaltos a caminhões

Segundo o SETCERGS, as alterações na legislação levantam preocupações sobre a segurança nas estradas e a possibilidade de aumento nos índices de roubo de caminhões e de cargas



Lei do Motorista

Em nota divulgada à imprensa, o Sindicato das Empresas de Transportes de Carga e Logística no Estado do Rio Grande do Sul (SETCERGS) manifestou preocupação diante das possíveis consequências do atual cenário da Lei do Motorista, aprovada em 2023, que pode contribuir para o aumento de assaltos a caminhões nos pontos de parada, ou próximos a eles, em todo o Brasil.


Segundo o sindicato, um dos fatores mais relevantes é a impossibilidade de dividir o período de descanso dos motoristas, bem como a coincidência do descanso com a parada obrigatória na condução do veículo.


Desde a implantação da nova legislação, os motoristas devem ficar parados por 11 horas consecutivas dentro das 24 horas no ponto de parada, geralmente um posto de serviço, mesmo se estiverem próximos a sua residência e família. “O problema é que nem sempre esses locais oferecem completa segurança para os motoristas”, ressaltou o sindicato.


De acordo com o presidente do SETCERGS, Sérgio Mário Gabardo, a total falta de segurança e a irritação dos motoristas em cumprir uma jornada que não aceitam estão gerando um descaso sobre o cuidado que o motorista tinha antes. Isso pode resultar em falta de motoristas e aumento da violência.


“A situação é um alerta para as autoridades policiais e órgãos públicos, pois a ineficácia do sistema pode inviabilizar o transporte de cargas, aumentar os custos de seguro e gerar resistência por parte dos embarcadores”, alertou.


O SETCERGS insta as autoridades a revisarem as atuais regulamentações, considerando a realidade enfrentada pelos motoristas e empresas de transporte.


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